12 de mai. de 2017

O que vão pensar de mim?


Fonte da foto: Dri Luz


Olá queridos e queridas! Como vocês estão? Vamos conversar um pouquinho? Vou falar sobre um assunto que mexe muuuuuito com meu emocional, é algo que tenho trabalhado, mas é um processo muito demorado e difícil, vamos logo ao assunto: “O que vão pensar de mim?” é uma pergunta muito frequente em minha mente e que me priva de muitas coisas boas, descobri várias coisas sobre mim nas últimas sessões de terapia, gosto de falar sobre minhas experiências na psicoterapia porque ainda há preconceito com quem frequenta um psicólogo, então, é até uma forma de quebrar estereótipos e também porque quando escrevo eu organizo minhas ideias e isso tem efeito terapêutico para mim também rsrs... 

O que estava dizendo... Eu descobri algumas coisas sobre mim, como por exemplo, sou invejosa, autocritica e ansiosa (eu já sabia das duas últimas mas não tinha noção do quanto), deixa eu explicar antes que me julgue rsrs... Por que sou invejosa? Eu disse para meu psicólogo que quando eu vejo as pessoas conversarem observo que elas arranjam assunto com tanta naturalidade e eu sou tão quieta e isso me incomoda bastante, principalmente quando as pessoas falam que eu sou quieta ai eu fico mais tensa ainda, então eu acabo colocando a culpa em mim, aí vem a autocritica, ao invés de pensar, por exemplo, que o assunto não é algo que me interessa, que eu não tenho tanta afinidade com tais pessoas, ou que não preciso falar muito muito pois sou uma boa ouvinte, eu jogo todo o peso da culpa em minha personalidade, “Por que eu não poderia ser um pouco mais sociável como elas?” E por eu ser uma pessoa muito ansiosa, minha mente sempre está a mil, milhões de pensamentos passam nesta cabecinha todos os dias.

Confesso que tenho uma grande dificuldade, não são poucas as vezes que quando estou num ambiente social eu me sinto tensa e muito insegura, pensamentos recorrentes sobre o que as pessoas vão pensar de mim percorrem minha mente e isso me afeta muito, pois na maioria das vezes fico calada e prefiro não me expor a correr o risco de ser rejeitada, resumindo: medo irracional de que as pessoas não gostem de mim, as vezes eu até tenho o que falar -Mas será que devo? -me pergunto. É algo muito automático, quase não consigo controlar, essa tem sido uma das minhas queixas ao meu psicólogo. Várias vezes eu deixo de fazer coisas que eu gostaria de ter feito mas há algo em mim que está sempre sabotando minhas vontades e acabo arranjando alguma desculpa para não fazer. Já faz mais de dois anos que penso em ter um blog pessoal, já fiz várias pesquisas, já montei cronogramas mas nunca saiu do papel, eu sempre penso que não dará certo, que eu não vou conseguir me organizar, ou que já existem milhares de outros blogs, ou talvez eu não seja tão interessante assim, enfim, são pensamentos muitas vezes disfuncionais, irreais, compreende? Porque estou escrevendo este texto? Bem, escrevo porque acredito que não sou a única que passa por essa dificuldade, há muitos outros milhares que assim como eu, sofrem por viver em função de querer sempre ser “suficientemente boa” (Esqueci de mencionar que sou mega perfeccionista) mas as vezes nem são as pessoas que nos cobram, somos nós mesmos.

Meu psicólogo me disse algo que estou tentando colocar em prática e que quem sabe poderá também ajudar a você leitor, pois bem, ele me disse pra trocar a frase “O que eles vão pensar de mim?” Por “O que eles querem de mim?”. Vou te explicar. Quando nos perguntamos sobre o que as pessoas vão pensar de nós nos tornamos passivos e eu diria até refém do pensamento dos outros, é uma dúvida que ficará ali eternamente pois não temos como descobrir e continuaremos sofrendo pois o simples pensar não muda a situação daquele momento, mas quando perguntamos “O que eles querem de mim?” Nos coloca numa posição ativa, por exemplo, se alguém está concentrado lendo um livro, você concorda comigo que essa pessoa não quer ser incomodada? Se eu entendo que o que ela quer de mim é silêncio, eu não precisarei ficar pensando o que essa pessoa acha de mim, certamente se eu conversar com ela estarei sendo inconveniente, outro exemplo, (pois eu demorei para entender e estou tentando deixar claro) se uma pessoa está muito triste, essa pessoa precisa quem sabe de um abraço, ficar sozinha, cada um tem a sua forma de lidar com a tristeza, se eu interpreto o que essa pessoa quer de mim eu posso oferecer aquilo que ela necessita, e isso trará novas formas de encararmos as situações. 

Eu posso não saber o que as pessoas acham de mim mas eu posso dar aquilo que elas precisam, seja meus ouvidos para escutá-las, meu ombro para chorarem, meu encorajamento, enfim, eu sei que é difícil de entender, mas o que importa não é o pensamento dos outros ao nosso respeito mas aquilo que fazemos daquilo que pensam de nós, mostrar em nossas atitudes a pessoa que somos, as vezes temos que encarar nossos medos, e isso só é possível nos expondo a eles, enfrentando com coragem e com determinação. Eu realmente espero, antes de tudo, eu mesma me aceitar como sou, todos temos coisas boas e algumas nem tanto e isso é o que faz de nós seres humanos, não precisamos querer ser aquilo que não nascemos para ser, não nasci para ser aquela pessoa sanguínea, extrovertida, comunicativa, apesar de admirá-las, eu nasci desse jeitinho que sou, tenho sim muito há melhorar, mas eu sei que sempre podemos fazer a diferença simplesmente sendo nós mesmos, esse não será o tipo de post como os anteriores com as dicas já enumeradas, te convido a tirar suas próprias conclusões. Beijos e até a próxima!

Bjos de (Dri) Luz

18 comentários so far

  1. OI! Lindo seu texto, parabéns! Eu mesmo não me submeto as conveniências sociais quando o assunto não me agrada... fico muda kkkk... Não imaginava q você tinha essa parte insegura... ao meu ver você sempre foi muito segura ao falar, papos filosóficos na van da faculdade kkkk... mas é muito bom mesmo reconhecermos nossas fraquezas e trabalhar pra melhorar, nossos pontos fracos de hoje, podem ser os fortes de amanhã! Beijoss...

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    1. Oi Jana! Que interessante ver esse seu ponto de vista sobre mim, e realmente não somos obrigados a falar quando não queremos ou em alguma situação que não nos interessa, aos poucos tenho tomado consciência, e seu comentário ajudou a compreender melhor isso rsrs... Obrigada!

      Bjos, Dri

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  2. Oi, Dri!
    Gostei da reflexão. Acho que eu e você somos um pouco parecidas.
    Quando estou em um círculo em que não conheço todas as pessoas ou nenhuma delas, não consigo puxar papo, não sei jogar conversa fora. Sempre travo e acabo ficando na minha. Isso é um problema muito grande, pois sempre acho que estão me excluído, mas às vezes sou eu que não me aproximo.
    Sempre tive vontade de ir ao psicólogo para me ajudar com esse tipo de bloqueio. Talvez um dia que vá.
    Obrigada por se abrir!
    Beijão!
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  3. Oi Crislane! Realmente é muito difícil, acho que um psicólogo é muito importante, afinal, é alguém que nos escuta sem nos julgar, vale a pena!

    Bjos, Dri

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  4. Gostei muitíssimo do seu texto,reflete o que eu sinto,sou insegura e tento mudar isso,mas confesso que não consigo,é simplesmente horrivel.

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  5. Olá! Consigo sentir através das suas palavras como se sente, realmente é muito difícil mas aos poucos nós vamos conseguir sim!!!

    Bjos, Dri

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  6. Lindo texto, parabéns! Sempre fui muito extrovertida, mas sempre quando entro em um ambiente novo (de trabalho, de estudo) eu demoro um pouco pra me soltar e fazer amizades. Tenho pouquíssimos amigos de verdade mesmo, e com eles eu sempre faço o que você disse. Acho que quando não conheço as pessoas não me dou o trabalho de refletir o que elas iriam querer de mim, rs.

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    1. Olá, tudo bem? Acho que qualquer ambiente desconhecido gera uma estranheza na gente, o dificil é quando estamos acostumados e ainda assim nos sentimos inseguros, mas é algo que pode ser melhorado, e a vida segue, não é mesmo? Que bom que gostou do texto!

      Bjos, Dri

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  7. Oiii

    Que lindo texto, uma reflexão que acredito que todos já fizeram pelo menos uma vez na vida. Você coloca muito sentimentos nas palavras, parabéns.
    Bju Rafa

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    1. Oi tudo bem? Que bom que gostou do texto, acho que é sempre bom refletirmos e tomarmos consciência sobre tudo a nossa volta!

      Bjos, Dri

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  8. Olá,
    Achei muito interessante e legal da sua parte se abrir assim com a gente.
    Houve uma época que era exatamente da mesma forma que você: bem quieta e me importava demais com que os outros iriam pensar sobre mim de acordo com a forma que agia ou o que eu falava.
    Mas conforme fui amadurecendo um pouco, acabei deixando isso de lado. Hoje em dia me expresso bem, falo com todo mundo e faço amizades muito facilmente (o que pensei que jamais conseguiria!!)

    LEITURA DESCONTROLADA

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  9. Olá! Tudo bem? Ah que ótimo, tem esperanças para mim hahahaha... Obrigada pelas palavras!

    Bjos, Dri

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  10. Olá, tudo bem?
    Gostei muito de suas palavras, e quero que continue sendo quem você é, vivo minha vida sem pensar no que acharão de mim, se gostarão ou não. Com o tempo você perceberá a melhor maneira de seguira sem se importar com nada, a não, seu felicidade.

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    1. Olá! Estou bem e você? Acho que aos poucos vamos aprendendo a nos aceitar como somos, acho que estou no caminho certo!

      Bjos, Dri

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  11. Que bom que você faz psicoterapia, é o primeiro passo para a resolução do que lhe intriga sobre você!
    Achei muito interessante essa mudnaça de foco de pensamento mostrada pelo seu psicólogo. Não devemos nos perguntar o que as pessoas estão pensando ou vão pensar, não somos mais mulheres que precisam manter uma reputação, hahaha!
    Mas sim, o que elas podem querer, fica mais facil de traçar um plano de ação.

    Gostei muito desse seu texto, ajudará a muitos, tenho certeza!

    Abraços!
    www.asmeninasqueleemlivros.com

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  12. Olá! Que bom que gostou, também achei interessante essa nova perspectiva que ele me mostrou, estou procurando seguir!

    Bjos, Dri

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  13. Oie Dri

    Que perfeito o seu texto... um belo desabafo por assim dizer... Eu tenho o mesmo problema que vc e sei que deixei muitas coisas passarem na minha vida justamente por essa questão.
    Atualmente que eu to tentando bater de frente e lutar contra isso... acredito que vamos conseguir, certo?

    beijos
    Livros & Tal

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  14. Oie, que bom que gostou do texto, que possamos vencer essa dificuldade, aos poucos vamos conseguindo.

    Bjos, Dri

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