17 de jul. de 2017

Escolhas

Fonte da imagem: Unsplash

Pode parecer bobo o que eu vou falar, ou até mesmo repetitivo, porque com toda certeza você já ouviu isso e ainda vai escutar muito em sua vida, mas todos os dias assim que acordamos fazemos escolhas, não é a partir do momento que abrimos os olhos, porque o simples gesto ou fato de levantar as pálpebras para deixar a luz entrar em contato com nossos olhos, já é uma escolha. Claro que não é algo que a gente costuma pensar para fazer, mas mesmo assim escolhemos, é algo normal da vida.

Eu sei que na maior parte do tempo sempre tentamos decidir o que é melhor para nós mesmos, é um instinto de alto preservação, outra coisa comum, algumas vezes pensamos no bem estar de outras pessoas, família, amigos, conhecidos, o amor que temos por eles nos faz perceber que são importantes o suficiente para não fazermos o que desejamos para deixar eles felizes. Está certo que as vezes o que eles falam pra nos ajudar é a coisa mais certa a se fazer, outras vezes é só esse ''instinto'' deles falando mais alto mas da mesma forma para a nosso proteção.

Cada decisão que tomamos tem um grau diferente de importância e facilidade, certas escolhas não são tão importantes como, escolher a cor da caneta entre azul e preta para realizar uma prova ( a não ser que seja o ENEM galera, esse negócio é sério e só pra lembrar é caneta preta tá?), já outras tem um grau muito elevado de exigência de atenção, como escolher que curso vai fazer na faculdade.

Hoje eu tive que fazer algo que eu realmente, realmente mesmo, não gostei de fazer, na faculdade onde estudo ( Sim, vou falar sobre isso, mas continua lendo que você vai entender), existe uma rematrícola semestral, ou seja é como se eu passasse de ano duas vezes, então eu me vi em um dilema, um amigo, que é um pouco mais avançado no curso que eu, me ''indicou'', basicamente ele quase me obrigou a me matricular na turma (risos), é sério ele me mandou por mensagem isso ' Hey garota, essa será sua turma, não vou te perdoar se escolher outra, eu nunca vi uma grade tão redondinha' palavras dele.

E foi nesse ponto que entrou o meu dilema, meu combate de decisões, o que eu faria, escolheria passar para um período desconhecido cheio de pessoas que nunca falei na vida ou seguiria em frente com meus colegas rumo a novas descobertas junto com eles, que já me conhecem e sabem o quão maluquinha posso ser quando estou nervosa antes de uma apresentação ou das devolutivas de provas.

Creio que meu amigo vá me perdoar, ele tem um coração bom e vai entender, eu decidi seguir junto com minha turma, meus colegas e amigos, eu sei que as vezes é divertido ver o que acontece quando nos jogamos no desconhecido, mas quando nos fazemos isso sem ter segurança, sem ter aqueles que sabe quem é, quem você pode contar e que são sua rocha para te manter firme tendo em mente no que quer se aventurar é perigoso, tão perigoso a medida que você se perde esquece quem é e o que gostaria de fazer, fica em uma zona de conforto onde nada mais importa a não ser deixar que controlem nossa vida.

Todas as escolhas são importantes e mudam quem somos, mas nunca podemos deixar que mudem nossa essência e decidam por nós. Se você deixa que alguém decida o que você deve fazer pense um pouco, você realmente confia nessa pessoa? Caso a resposta seja positiva em algumas situações então meus parabéns você tem sua rocha, mas se não for, pare um pouco e pense, quer mesmo que alguém decida sua vida no seu lugar , sendo que não confia nela? Mude sua escolha enquanto tem tempo, porque a cada instante você tem o dom de mudar seu destino.

Beijos e Fui!

Dany Danelhuk

13 de jul. de 2017

Sergipanidade Crítica


‘Fio do cabrunco’, ao ouvir essa expressão, levantei-me procurando o locutor. Era um homem baixo, calvo e branco, aparentava ter 50 anos.
Fui então à sua mesa e iniciamos uma calorosa conversa, na qual descobri que o dito cujo era de Sergipe e morava há 15 anos em São Paulo.

Ao longo do bate-papo, várias expressões sergipanas foram ditas, tais como ‘apuço’, ‘barreado’, ‘desdobro’, ‘paia’, ‘se oriente’, ‘pentcha’, dentre outras. Fiquei estupefato pelo homem, após tanto tempo morando no sudeste, ainda manter o sotaque e gírias do seu Estado natal.

O senhorzinho é um dos poucos sergipanos que conheço, que apesar de muito tempo longe de casa, ainda mantém o sotaque. A vasta maioria nem precisa passar anos para esquecer, basta alguns meses ou semanas e, num passe de mágica, esquecem determinados jargões próprios de sua cultura.

Um caso é o da minha tia, criada e nascida em Sergipe Del-Rei que foi para a Terra da Garoa passar três semanas para visitar os familiares que aqui residem. Ao voltar para casa, contam seus filhos, que esta falava com um sotaque paulista e que desconhecia ‘baixa da égua’ e ‘fio do canço’.

Sobre seus conterrâneos, que por algum motivo escondem o seu sotaque, o senhor respondeu: “Esses abestalhados são todos uns cabruquentos que gostam de se amostrar, passam um dia fora, e já voltam falando como se fossem cariocas, baianos, gaúchos, etc. “Oxe, sergipano que é sergipano não nega a sua raiz não”. 

7 de jul. de 2017

Leia! Pense! Questione!


A informação é crucial para o combate contra o nosso preconceito. O respeito e a empatia, só se consolidarão com uma formação crítica dos assuntos e temáticas do nosso cotidiano. Não há respeito ou igualdade, sem conhecimento prévio e opinião analítica sobre a nossa sociedade.

Por que critica-se tanto a comunidade LGBT? Por que somos intolerantes com as religiões alheias? Por que estereotipamos negros, árabes, orientais, latinos e outras raças? Por que marginalizamos os menos favorecidos? Por que pesamos a sociedade em uma balança, onde o que julgamos ser certo ou errado?

A carência de informação entre as pessoas é um mal devastador. Mas informar-se e não questionar a notícia ou elaborar uma análise criteriosa ao que se está conhecendo, é crucial para a expansão da expressão de ódio. Ler e argumentar;Ver e indagar;Ouvir e questionar são regrinhas básicas para a desconstrução do preconceito nosso de cada dia. 

Lendo você tem acesso ao conhecimento e a informação,abre-se a reflexões e principalmente alarga a sua capacidade de empatia com os outros, essa empatia que tanto falta em nós. A falta de informação guia a humanidade ao caos social e cultural, acarretando em uma sociedade discriminatória e preconceituosa.

O preconceito acaba quando você entende o outro, quando você está a par de determinados assuntos, quando você tem informações e as usa para conhecer o mundo e transformá-lo em um lugar melhor. Peace and Love! 

2 de jul. de 2017

A pior forma de se relacionar com o outro

Vivemos hoje em um mundo muito pessimista. Ofensas são distribuídas gratuitamente nas redes sociais, xingamentos, intolerância, ódio, pessimismo. Mas o que fica para refletir é a seguinte pergunta: Nós realmente precisamos colocar apenas esse tipo de sentimento para fora?

Claro que ninguém vive apenas de felicidade, mas muitas vezes poupar os sentimentos ruins é necessário. Vejo que algumas pessoas sequer pensam antes de ofender alguém, ou que não se colocam no lugar do outro. Sim, existe a crítica construtiva, mas nós precisamos saber usá-la também, muitas vezes aquilo que é bom pra mim não é para o outro, nunca sabemos o que se passa na cabeça do próximo, e por isso não devemos julgar com tanto rancor.

Falo isso pois me deixa indignado o número de pessoas que reclamam dos outros por coisas simples, seja o jeito de vestir, o estilo musical, as pessoas que ele interage, e diversos outros fatores. Para você que se sente incomodado com alguém por esses e outros motivos, eu lhe trago uma verdade: Vai ser feliz, assim como aquele que você julga. Mas para você que é alvo de críticas, ouça e ignore, seja feliz, independente e seguro de si, ninguém vai viver sua vida, sentir suas dores e experimentar suas vitórias. Não se prive daquilo que te faz bem desde que não prejudique os outros, você é maior que qualquer julgamento, e só você conhece a sua bagagem.

E nós, como todo ser humano que está sujeito ao erro, antes de criticarmos alguém experimentemos passar pela reflexão das três peneiras de Sócrates, são elas a peneira da bondade, da verdade e da utilidade. A bondade é para saber se a informação que você vai passar é boa para todos, a verdade o próprio nome já diz, é para julgar a veracidade do fato, e por fim a peneira da utilidade, para saber se a informação é útil para todos os que a recebem.

Infelizmente nós estamos sujeitos a magoar pessoas do nosso cotidiano, mas o máximo que conseguirmos evitar faz com que as nossas relações pessoais sejam as melhores possíveis, pensem nisso.

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